A colina

Sentados na colina mais alta da praia, olhávamos o horizonte, com o pôr-do-sol ardendo e rasgando o azul do céu. Abraçámo-nos e deixámos que o silêncio tomasse conta de nós, o que ambos sentíamos naquele momento não precisava de palavras para ser descrito. “Voltas?” perguntei eu com a voz trémula deixando rolar pela face a primeira lágrima, “Só partirei no momento em que me esqueceres!”.

Faz dois anos que nos despedimos na colina. No entanto, não sei se é a tua ausência que ainda me faz sofrer, ou o facto de não te querer deixar partir de vez, mas ainda espero o teu regresso, consciente de que tal não é possível.
O meu lado racional continuava a dizer-me que para todo o princípio existia um fim. Oh, que doce ilusão! O meu amor por ti não tem fim, apenas mudou de forma...


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